segunda-feira, 18 de junho de 2012

Celulite - Parte II

Continuando a falar sobre a FEG!

Vários fatores podem desencadear a celulite. Alguns fatores são incontroláveis, como desequilíbrio hormonal, herança genética e idade e outros fatores podem ser considerados controláveis, como problemas circulatórios, sedentarismo, alimentação inadequada, cigarro, álcool, poluição ambiental, estresse, entre outros.

É importante destacar que os fatores controláveis são os grandes responsáveis pela formação de radicais livres no organismo, que levam não apenas a formação da celulite, mas aceleram o envelhecimento precoce do organismo e, claro, isso se reflete rapidamente na pele, produzindo rugas, flacidez, manchas, celulite. Horrível, não é?

Mas veremos sobre os radicais livres em outro post separadamente, ok? Afinal é impossível falar sobre eles e não mencionar o Dr. Nicholas Perricone!!!

Voltando... Essas alterações que ocorrem na camada de gordura subcutânea são desencadeadas por vários fatores, principalmente os circulatórios, os hormonais e os genéticos e outros relacionados ao estilo de vida. Vejamos sobre alguns deles:

  • Fatores hormonias - a mulher apresenta variações hormonais durante toda sua vida - puberdade, fase pré-menstrual, gravidez, amamentação, uso de anticoncepcionais, menopausa. E quando essas alterações hormonais se manifestam refletem em nosso organismo alterando o sistema circulatório, linfático, o tecido conjuntivo e a gordura.
  • Fatores genéticos - nossos antecedentes familiares de obesidade, FEG e varizes.
  • Fatores circulatórios - insuficiência venosa nas extremidades inferiores.
  • Fatores tóxicos - álcool, cigarro, excesso de sal e café.
  • Sedentarismo - os exercícios físicos melhoram o vigor físico e a circulação sanguínea e isso contribui para que o organismo se equilibre e reaja contra outros fatores que desencadeiam na FEG.
  •  Fatores nervosos - depressão,estresse, ansiedade.
  • Fatores alimentares - alimentação hipercalórica e pobre em nutrientes favorecem a síntese e armazenamento de lipídios. 
  • Fatores mecânicos - roupas justas, ficar sentada ou em pé por períodos muito longos e até mesmo alterações como pré plano, hiperlordose entre outras predispõe ao aparecimento da FEG.
 Os locais mais comuns de manifestação são as coxas, os quadris, as nádegas, a parte superior interna dos joelhos, a barriga, a parte interna dos braços e os tornozelos.


Fonte da imagem: Google


A FEG passa por 4 etapas de evolução:

  • Estágio 1 - é a fase inicial onde a celulite não é percebida. O processo já se iniciou internamente, mas ainda não é percebido nem sentido. As células de gordura apresentam um leve aumento de volume, também ocorre um aumento da permeabilidade capilar, ou seja, os vasos sanguíneos deixam extravasar mais líquido do que o normal e perdem a capacidade de levar mais oxigênio e nutrientes para as células. Não há sinais visíveis, mas algumas medidas nesta fase podem evitar a sua evolução ou fazer até com que o processo regrida.
  • Estágio 2 - nesse estágio as células de gordura ficam mais inchadas e armazenam mais gordura que o normal. O sistema linfático, que tem a função de eliminar toxinas e o excesso de líquido, fica limitado dando origem a edemas. Os capilares sanguíneos se rompem dando origem a microvarizes. Ocorre uma liberação desordenada de macromoléculas. Os feixes de colágeno e elastina se rompem permitindo que as células de gordura alterem o tecido conjuntivo. Com o rompimento das fibras elásticas pode haver a formação de estrias e as trocas de oxigênio, água, sais e outros nutrientes ficam prejudicadas.
  • Estágio 3 - nesta fase aparecem os nódulos de celulite que além de visíveis podem ser sentidos. A fibrose se instala. Podem aparecer vasinhos e microvarizes, além da sensação de peso e cansaço nas pernas. A deterioração dos vasos sanguíneos começa a afetar o metabolismo dos tecidos da pele. Com a perda de nutrientes dos vasos sanguíneos, o corpo passa a produzir menos proteínas, com isso, o corpo perde a capacidade de se regenerar, causando um afinamento da derme. O aspecto de "casca de laranja" é visível mesmo sem pressionar a pele.
  • Estágio 4 - é o estágio mais grave da celulite e considerado praticamente irreversível. O inchaço das células de gordura é enorme. As fibras colágenas e elásticas se agrupam formando fibroses que junto com os nódulos de gordura estrangulam os vasos sanguíneos e prejudicam a fluidez do sangue. As fibras esclerosadas formam cápsulas, prejudicando ainda mais as trocas metabólicas. As pernas ficam pesadas, inchadas e doloridas e a sensação de cansaço é frequente, mesmo sem esforço. A pele apresenta profundas depressões e aspecto acolchoado.

Como diagnosticar a celulite? Mesmo nos estágios iniciais é possível verificar se ela existe com o "teste do beliscão". E como é feito isso? Aperte a parte do corpo que deseja diagnosticar com os dedos polegar e indicador, se aparecerem algumas covinhas é porque há celulite na região.

Fonte da imagem: Google
Existem exames específicos como a videocapilaroscopia por fibra ótica, videotermografia computadorizada e ultra-som, além da termografia cutânea, termomeria cutânea ou a xeroradiografia , mas este exame simples do "teste do beliscão" pode fazer você reconhecer cada estágio dela.

  • Estágio 1 - não são observdas covinhas na pele quando a pessoa está em pé ou deitada, nem quando se belisca a pele.

  • Estágio 2 - não são observadas covinhas na pele quando a pessoa está em pé ou deitada, apenas quando se belisca a pele.


  • Estágio 3 - a celulite é visível e há inchaço nas pernas, cansaço e câimbras, além de microvarizes.


  • Estágio 4 - a pele tem grandes depressões com aspecto acolchoado e é muito dolorida. A circulação sanguínea fica comprometida e a região fica mais fria.
Nestes dois últimos estágios, é aconselhável procurar um médico para acompanhar as desordens do organismo e buscar um tratamento mais eficaz. Um médico angiologista, um endocrinologista e um dermatologista podem ajudar muito.


A FEG também pode ser classificada quanto à sua consistência. Esta classificação também é útil para diagnostica e reconhecer a celulite e traçar o melhor plano para combatê-lâ.

  • Celulite dura ou compacta - ocorre em mulheres jovens e que praticam atividade física regularmente, possuindo músculos bem delineados, tecido firme e não apresentam flacidez. Em geral, é uma celulite recém-iniciada e se localiza nos quadris e glúteos. Por estar em um tecido firme, sua pressão interna costuma ser mais forte, fazendo com que doa bastante.
  • Celulite flácida ou suave - mais frequente em mulheres acima dos 40 anos, que levam a vida sedentária ou que emagecem e engordam rápido e constantemente. É comum a pele ser flácida e em geral, se apresenta nas regiões do culote e das coxas. Não é dolorosa e pode haver varizes no local.
  • Celulite edematosa - é o tipo mais grave e pode ser muito doloroso. Apresenta inchaços e nódulos e geralmente é causada por diabetes, distúrbios de tireóide, metabolismo ou ovário. É um estágio intermediário entre flacidez e firmeza.
  • Celulite mista - incorpora características de todas ou de algumas das formas anteriores ao mesmo tempo em áreas distintas do corpo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário