quinta-feira, 14 de junho de 2012

Celulite - Parte I

Bem... Finalmente falaremos sobre ela, a celulite! Não é fácil falar deste tema, mas como veremos quando falarmos dos tratamentos, a medicina, a ciência e a tecnologia já evoluiu muito e hoje em grande parte dos casos há tratamentos e resultados satisfatórios, mas que dependem de uma consciência corporal  e mudanças de atitude em vários aspectos.



Fonte da imagem: Google
Há muita discussão se os homens também podem apresentar ou não celulite, mas a verdade é que as mulheres ficam na desvantagem devido aos seus hormônios femininos. Oitenta a noventa por cento das mulheres "sofrem" com ela. Este é um problema tipicamente feminino e bem abangente e que há muito tempo deixou de ser considerado apenas um problema estético para ser considerado um problema de saúde.

Não é dizer que o problema seja grave, falando no sentido médico, mas precisamos tratá-lo com seriedade e respeito, pois afeta as mulheres no sentido físico, estético e psicológico, chegando nos casos mais graves a provocar dores.

Não é muito fácil chegar a uma definição desse desequilíbrio do organismo. Sabemos que ele ataca mulheres magras, gordas, jovens ou velhas e que praticam ou não exercícios físicos e, além disso, pode haver várias causas pra o seu surgimento. Uma coisa é certa, as ondulações que ela deixa na pele incomodam muita gente, chegando muitas vezes a lembrar a casca de uma laranja.


A primeira observação que quero fazer antes de aprofundarmos no assunto é sobre sua nomenclatura. Na verdade, o termo cientificamente correto é Hidrolipodistrofia Ginóide ou HLDG ou até Fibro Edema Gelóide ou FEG, mas para facilitar utilizarei o termo FEG ou celulite.

A segunda é que na medicina há uma doença chamada celulite infecciosa, que é grave e se não for tratada seriamente pode até matar. Na celulite infecciosa, há uma lesão nas camadas mais profundas da pele que é causada por bactérias que penetram no organismo por alguma ferida como uma acne, frieira ou um machucado. O tratamento se dá através de antibióticos que tratam a bactéria e evitam que ela entre na corrente sanguínea. O caso é sério e deve ser logo examinado por um médico.

 Mas voltando a nossa celulite aqui, com a decomposição do termo temos:

hidro = relativo a água e outros líquidos;
lipo = relativo a gordura;
distrofia = desordem nas trocas metabólicas do tecido;
gino = designativo de mulher;
óide = forma de.

A FEG é a forma como o corpo manifesa distúrbios internos produzidos pela associação de alterações metabólicas, hormonais, nutricionais e circulatórias, mas, principalmente, pelo estilo de vida inadequado que começa a puxar todas essas alterações do organismo. É a alimentação muito gordurosa e deficiente em nutrientes, o sedentarismo, o álcool e o cigarro que podem iniciar o surgimento da FEG.


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A maioria das pessoas pensa que celulite é o excesso de gordura corporal, mas não! CELULITE NÃO É GORDURA!! Geralmente onde há gordura localizada há também celulite, mas podemos encontrar uma pessoa com excesso de peso e sem celulite. A celulite é causada por uma alteração no metabolismo das células gordurosas, com retenção de toxinas e água.

A FEG é formada na hipoderme, que é composta de duas camadas de células gordurosas: a primeira, mais próxima da superfície, é chamda de areolar, composta por adipócitos globulares e volumosos, em disposição vertical, onde os vasos sangüíneos são numerosos e delicados. Nesta, camada as células são mais achatadas. Na segunda camada, chamada de lamelar, ocorre aumento no volume dos adipócitos, que possuem a forma mais arredondada e chegam a invadir a fáscia superficial. Quando há gordura localizada, o número e o tamanho das células de gordura da camada mais profunda aumentam, já no caso da celulite é diferente, são as células de gordura da camada mais superficial que sofrem alterações, independente de aumentar em número e em tamanho.



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Diante de tantas alterações no organismo que podem causar a celulite, você deve estar se perguntando se celulite tem cura, não é mesmo? A resposta é NÃO, mas tem controle da evolução e da abrangência das áreas afetadas, mas tudo isso veremos outro dia, porque ainda há muito o que falar.

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